terça-feira, 12 de outubro de 2010

AS DEMANDAS DO ENSINO DE GEOGRAFIA


Para que as ações referentes ao ensino de geografia se renovem é necessário reconhecer os inúmeros problemas por parte dos profissionais envolvidos. São muitas as linhas de raciocínio e de difícil análise quanto aos vários estudiosos da geografia, seja de uma forma geral ou dentro das características regionais. Nem sempre percebemos a atuação de professores comprometidos ao ponto de permitir aos alunos uma melhor compreensão do planeta. “A reflexão crítica sobre a prática se torna uma exigência da relação Teoria/Prática sem a qual a teoria pode ir virando blábláblá e a prática, ativismo.” (FREIRE, 2002, p. 22).

De certo, as práticas pedagógicas normalmente estão embasadas em modelos, nos quais cabe ao professor ensinar conteúdos e ao estudante, aprender. Existe urgência por revisões nos cursos em licenciatura em geografia, pois na grande maioria o elemento qualitativo perde espaço para o quantitativo.

A estrutura curricular dos cursos de licenciatura ainda faz com que as disciplinas permaneçam isoladas, seguindo procedimentos de racionalidade técnica. Por isso, rever a estrutura curricular dos cursos de licenciatura significa rever essas linhas de pensamentos. Os estudos do período de formação de professores têm que possibilitar conhecer a teoria de forma prática a realidade. Assim o profissional conduzirá sua prática docente para a construção de novos saberes aos seus futuros alunos.

Cursos estão sendo criados a fim de suprir a falta de profissionais em sala de aula, o que conduz a refletir sobre o fazer pedagógico, pois a nova geografia que se propõe não assume seu papel crítico quando forma um professor de geografia à distância, por exemplo. As práticas pedagógicas durante a formação de um professor tornam indispensáveis saídas de campo, debates, práticas em laboratórios, entre outros. Vygotsky (1991) afirma que a aprendizagem se realiza sempre em um contexto de interação, através da internalização de instrumentos e signos levando a uma apropriação do conhecimento. Esse processo promove o desenvolvimento e a aprendizagem e precede o desenvolvimento.

Se o curso de licenciatura promover situações nas quais os acadêmicos vivenciem saberes que o momento atual propõe, ele terá melhores condições de desenvolver ações pedagógicas para seus alunos, pois para responder às novas demandas e necessidades da sociedade atual, a formação atual dos professores tem que obrigatoriamente ser contextualizada.

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