sábado, 20 de março de 2010

DESENHOS ANIMADOS

Acredito em uma educação onde o contato com outras pessoas seja fundamental. Porém, não descarto os meios de comunicação, que podem ser considerados educativos quando bem utilizados. A televisão é um dos meios que assume importância como fonte de informações, modismos, vocabulário, gestual, modos de se portar.
Durante minha infância algo muito presente foram os desenhos animados que, por isso, se tornaram importantes na formação da minha identidade. Eu adorava. Consumia um bom tempo do meu dia, deixava muitas vezes de estudar para assisti-los. Seduziam-me pelos movimentos, personagens, histórias, enredos fáceis de entender, faziam cim que eu sonhasse com um mundo diferente.
Ao mesmo tempo em que reproduziam objetivos "claramente" educativos, reproduziam cenas agressivas e, por isso, meus pais sempre tentavam policiar minhas escolhas e confesso que nem sempre conseguiram. Por esse motivo recomendo uma vigilância constante e que busquem marcar presença nas escolhas das crianças(no que ela vai ver!)
A partir do momento que se educa para selecionar melhor o que deve ser assistido estaremos contribuindo para a formação de seres humanos melhores, consciente da realidade que o cerca e não permitindo que o mundo do “faz de conta” predomine a mente de adolescentes e jovens.
Abaixo alguns vídeos que fizeram parte da minha infância.












terça-feira, 16 de março de 2010

Desenvolvimento do Currículo


A trajetória da aprendizagem nos apresenta diferentes formas de como a educação pode ser pensada. Diante disso analisemos o que descreve Tyler, onde em 1949 lançou o livro que ficou conhecido como a Lógica Tyler intitulado Princípios básicos de currículo e ensino.
O sistema dele veio num momento onde formalizou o seu pensamento sobre a visualização, análise e interpretação do currículo e do programa de instrução de uma instituição de ensino em Princípios Básicos de Currículo e Instrução. Atualmente suas concepções ainda prevalecem por mais que alguns especialistas o vejam como um método tradicional, pois suas teorias são utilizadas por uma boa parcela do sistema educacional.
Algumas vantagens podem ser apontadas para mostrar acerca do currículo educacional:
Primeiro, Tyler defende que a aprendizagem deve ocorrer através da ação do aluno, onde é ele próprio quem faz e aprende. Onde o professor apresenta a proposta e cabe o aluno aprender o conteúdo. Segundo, o currículo passou a mapear as necessidades exigidas naquela época – pós-guerra - e que até hoje ainda são aplicadas, como a análise do contexto social, histórico, cultural, econômico. Dessa forma o aluno é preparado para ser inserido como profissional adequado ao mercado de trabalho. Terceiro, a avaliação do currículo com vistas ao seu contínuo aproveitamento, com isso se adequando ao meio e possibilitando a reestruturação do mesmo.
Contrapondo ao que se “considera” como modelo clássico de Tyler surge o interesse pelo estudo dos desafios e problemas emergentes no que cerca a educação, sem focar um modelo de sociedade de cultura tecnológica, com enfoques globalizantes. Que possibilita aos alunos se tornarem protagonistas, ganharem existência, estabelecerem relações significativas numa forma de organização pré-estruturadas. Capazes de analisarem os problemas, as situações e os acontecimentos dentro de um contexto e em sua globalidade.
Algumas vantagens também podem ser observadas no que faz referencias a uma educação globalizante:
Primeiro, o conhecimento como instrumento para compreensão e possível intervenção na realidade e assim, respeitando as diferentes fases de aprendizagem. Segundo, promovem a inclusão, respeitando as diferentes habilidades motoras e níveis de saúde, respeitando o princípio de igualdade. Terceiro, propõe modelos curriculares menos autoritários, e mais comprometidos com os processos de ensinar e aprender. Onde as dimensões humanas da ética e da cidadania ativa sejam concretizadas na complexidade do nosso tempo e da dinâmica de mundo globalizado e questões sociais presentes.
Portanto, cabe ao educador exercer seu senso crítico e buscar dentro de sua realidade a melhor forma de ver o currículo escolar. Possibilitando uma visão ampla de modo a abranger todas as experiências, no sentido que se promova a diversidade e que insira o maior número de pessoas.

segunda-feira, 1 de março de 2010

VANTAGENS DA COOPERAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

Segundo Celestin Freinet (apud SCARPATO, 2006, p. 89) com suas propostas pedagógicas e técnicas de ensino, (...) “preconiza que a prática escolar e o processo ensino-aprendizagem, sempre se atualizem, estejam ligados aos acontecimentos sociais, e ao progresso tecnológico, e vivenciem os mesmos na escola.” Portanto, a educação pode ser entendida como uma ação cooperativa, onde o processo se torna inclusivo e nos faz deparar com uma realidade crescente do meio escolar e os questionamentos sobre o conteúdo lecionado tenha outra dimensão.

Desse modo, a noção de conteúdos de ensino, rompendo os limites estritos do texto didático, ganha uma conotação muito mais ampla, incluindo, ao lado dos saberes sistematizados e de igual importância, os saberes relativos às necessidades humanas, à vida em sociedade, à convivência harmoniosa, ao respeito à diversidade, ao exercício da cidadania. (SCARPATO, 2006, p.26)

Dentre as vantagens da Cooperação como instrumento de metodologia de ensino, percebemos a relação que se torna rica no processo ensino-aprendizagem, onde os educadores aproveitam o máximo deste período para poderem melhor se preparar para a próxima etapa. Onde o aprender se torna uma relação de troca entre professor e aluno. Conduzindo a uma atitude menos competitiva e menos excludente, nos possibilitando um papel transformador. Isso significa dizer que, tendo em vista a aprendizagem como um processo de descoberta do conhecimento, como resultado de uma socialização, uma construção coletiva.
Dessa forma, a educação cooperativa está presente na própria idéia de pedagogia e é diferente do que em outras épocas, ou seja, atacando o método tradicional. Já que muito do que se pensa hoje sobre a educação e o entendimento acerca do conhecimento colocam a práxis intersubjetiva como centralidade para a validação dos saberes. “O conhecimento não se constrói na reflexão isolada, ou no interior de uma consciência, mas de forma dialógica, processual, tendo como referências básicas o grupo e a linguagem usual” (MARQUES, 1993: 79).
A opção pela educação cooperativa, portanto, nos provoca a uma escolha desafiadora e contextualizada, pertinente e comprometido com a construção de um processo de inclusão e participação. Nesse sentido, a educação cooperativa, nos evidencia aspectos relacionados com o cotidiano através da própria realidade do aluno, mostrando que é possível aprender com o conhecimento empírico, propiciando assim uma aula mais interessante, constituindo um conhecimento multilateral tanto para o corpo discente como para o docente durante o processo de construção da cidadania. O professor deve agir para que exista o processo de socialização do aluno dentro da escola. Que a escola surja na vida de qualquer pessoa como um espaço que cumpre a função de socialização, a escola se diferencia de outras práticas educativas desempenhadas pela família, trabalho, mídia, lazer, por ser intencional, deliberada, sistemática e continuada na construção dos cidadãos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SCCARPATO, Marta. Os procedimentos de ensino fazem a aula acontecer. São Paulo: Avercamp Editora, 2006.

MARQUES, Mário Osório. Conhecimento e Modernidade em Reconstrução. Ijuí: Editora Unijuí, 1993.