segunda-feira, 1 de março de 2010

VANTAGENS DA COOPERAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE METODOLOGIA DE ENSINO

Segundo Celestin Freinet (apud SCARPATO, 2006, p. 89) com suas propostas pedagógicas e técnicas de ensino, (...) “preconiza que a prática escolar e o processo ensino-aprendizagem, sempre se atualizem, estejam ligados aos acontecimentos sociais, e ao progresso tecnológico, e vivenciem os mesmos na escola.” Portanto, a educação pode ser entendida como uma ação cooperativa, onde o processo se torna inclusivo e nos faz deparar com uma realidade crescente do meio escolar e os questionamentos sobre o conteúdo lecionado tenha outra dimensão.

Desse modo, a noção de conteúdos de ensino, rompendo os limites estritos do texto didático, ganha uma conotação muito mais ampla, incluindo, ao lado dos saberes sistematizados e de igual importância, os saberes relativos às necessidades humanas, à vida em sociedade, à convivência harmoniosa, ao respeito à diversidade, ao exercício da cidadania. (SCARPATO, 2006, p.26)

Dentre as vantagens da Cooperação como instrumento de metodologia de ensino, percebemos a relação que se torna rica no processo ensino-aprendizagem, onde os educadores aproveitam o máximo deste período para poderem melhor se preparar para a próxima etapa. Onde o aprender se torna uma relação de troca entre professor e aluno. Conduzindo a uma atitude menos competitiva e menos excludente, nos possibilitando um papel transformador. Isso significa dizer que, tendo em vista a aprendizagem como um processo de descoberta do conhecimento, como resultado de uma socialização, uma construção coletiva.
Dessa forma, a educação cooperativa está presente na própria idéia de pedagogia e é diferente do que em outras épocas, ou seja, atacando o método tradicional. Já que muito do que se pensa hoje sobre a educação e o entendimento acerca do conhecimento colocam a práxis intersubjetiva como centralidade para a validação dos saberes. “O conhecimento não se constrói na reflexão isolada, ou no interior de uma consciência, mas de forma dialógica, processual, tendo como referências básicas o grupo e a linguagem usual” (MARQUES, 1993: 79).
A opção pela educação cooperativa, portanto, nos provoca a uma escolha desafiadora e contextualizada, pertinente e comprometido com a construção de um processo de inclusão e participação. Nesse sentido, a educação cooperativa, nos evidencia aspectos relacionados com o cotidiano através da própria realidade do aluno, mostrando que é possível aprender com o conhecimento empírico, propiciando assim uma aula mais interessante, constituindo um conhecimento multilateral tanto para o corpo discente como para o docente durante o processo de construção da cidadania. O professor deve agir para que exista o processo de socialização do aluno dentro da escola. Que a escola surja na vida de qualquer pessoa como um espaço que cumpre a função de socialização, a escola se diferencia de outras práticas educativas desempenhadas pela família, trabalho, mídia, lazer, por ser intencional, deliberada, sistemática e continuada na construção dos cidadãos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SCCARPATO, Marta. Os procedimentos de ensino fazem a aula acontecer. São Paulo: Avercamp Editora, 2006.

MARQUES, Mário Osório. Conhecimento e Modernidade em Reconstrução. Ijuí: Editora Unijuí, 1993.

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