domingo, 5 de julho de 2009

Globalização Política


Chegamos ao ano de 2059. Muito do que sonhávamos há 50 anos para as questões político-sociais do planeta parece ter se diluído como a poeira quando a chuva resolve cair. Com o objetivo de relatar as interferências e tomadas de decisões políticas que gerou nossa transferência de planeta é que estamos aqui reunidos hoje.
Antes dos fatos relevantes e que devem ser relembrados para que possamos repensar o que queremos daqui para diante é importante salientar que o planeta TERRA não se tornou um lugar onde a sociedade deveria viver de forma justa e igualitária como sonhavam alguns no ano de 2009. Temos um planeta na UTI: um lugar onde viver se tornou um caos, onde não há mais possibilidade de uma discussão em que o ser humano possa ser visto de forma saudável e feliz e que a sociedade fosse um lugar de ajuda mútua. Isto não apenas no âmbito pessoal e social, mas sobretudo no meio político. Foi por decisões políticas que os países fizeram com que o planeta ficasse doente. Alguns desses poderosos, por acreditar que não sofreriam os efeitos nocivos do aquecimento global e da ignorância do uso dos recursos naturais, preferiram crescer economicamente e provocaram um câncer na terra, cujos efeitos são sentidos por todos indiscriminadamente. Sentem estes sintomas tanto os pobres quanto os ricos.
Os espaços de discussões políticas ocorridos em 2009 provocavam várias polêmicas que, infelizmente, aos poucos se reprimia pensamentos e idéias democráticas em função da ganância pelo poder e por melhores condições financeiras de vida de alguns poucos (para não dizer de castelos gigantescos de dinheiro para um número cada vez mais seleto da população). O sonho daqueles que esperavam uma forma democrática de decidir e respeitar o que a maioria julgava ser melhor e justa ficou para história como: “Os sonhadores revoltados”.
Não estamos nos reportando apenas aos espaços de discussões políticas acordadas pelos próprios portadores do poder, mas também espaços alicerçados por pessoas e grupos que sonham em uma sociedade mais justa e igualitária. Pessoas que como vemos ao longo da história se tornaram defensores de ideais humanitários e pagaram com a própria vida. Citamos aqui, por exemplo, o indiano Mahatma Gandhi que não aceitou a forma como a Inglaterra tentava dominar e manipular o povo indiano. Pessoas como Jesus Cristo que vieram com um novo pensamento e boa vontade para fazer com que a humanidade fosse mais solidária e amorosa, em que não houvesse mais divisões de poder e que a boa nova fosse praticada por todos.
Ouvíamos consternados alguns afortunados falarem de reciclagem de garrafas plásticas, mas que usavam o carro para irem ao supermercado que ficava a 500 metros de sua residência. Outros falavam em relações de caridade, mas que no fundo eram materiais que não lhes serviam mais. A política da sexta básica era uma forma camuflada de tentar jogar para baixo do tapete a sujeira produzida anteriormente. Ato que apenas escondia um pouco do efeito do individualismo cada vez mais acentuado e dos interesses egocêntricos: cada um em voltas apenas do seu próprio eu.
O desejo neoliberal não levou muito tempo para acontecer de forma explicita. O poder infelizmente ficou nas mãos de poucos. Estes poucos decidem o que é melhor para todos, porém sem uma real discussão com a população do que seria melhor para todos. Decisões estas atreladas as ramificações e interesses políticos capitalistas. Infelizmente, o interesse pessoal falou mais alto do que o que a solidariedade humana.Mais do que apontar todos esses atos humanos errôneos e que fizeram com que a Terra se tornasse um lugar inabitável e que com que tenhamos de abandoná-la para que não morrêssemos juntos, queremos alertar toda a população para que se pense racionalmente e inteligentemente a maneira como se deve discutir as políticas públicas em quaisquer lugar que iremos nos transferir agora, e o que é melhor: conseguir uma maneira de construirmos um lugar agradável e saudável de vivência e não uma autodestruição.

TEXTO PRODUZIDO PARA O PROJETO SISTÊMICO DO COLÉGIO CATARINENSE